Não é novidade para ninguém que as empresas precisam inovar para manter sua relevância e sobreviver no mercado em constante transformação. A capacidade de inovar, adaptar-se e evoluir não é apenas uma vantagem competitiva, mas uma questão de vida ou morte para as organizações. No entanto, o sucesso da inovação não reside apenas no âmbito interno das corporações. Por isso a importância de um ecossistema de inovação, uma rede colaborativa que une universidades, empresas e governo em prol da inovação sustentável.
A bases da inovação: universidade, empresa e governo.
A chave para promover a inovação reside na sinergia entre três pilares fundamentais: universidade, empresa e governo. A universidade, com seu potencial de pesquisa e desenvolvimento, cria o substrato de conhecimento. As empresas, por sua vez, trazem sua expertise comercial e operacional, moldando essa inovação para as demandas do mercado. O governo atua como facilitador, criando políticas e ambientes propícios para que essa colaboração floresça.
Um ecossistema de inovação precisa atrair esses atores e esse talvez seja o principal desafio de sua governança. Tenho observado que um dos motivos desta dificuldade é o fato de que os ecossistemas comunicam a mesma proposta de valor para todos os atores e, naturalmente, conseguem atrair somente quem se identifica com a narrativa.
A proposta de valor de um ecossistema de inovação para as empresas.
As empresas, ao participarem de um ecossistema de inovação, buscam mais que parcerias, conexões e conhecimento. Elas procuram um ambiente que possa potencializar os resultados de suas ações de inovação e que reverberem na sua estratégia de negócio. As governanças dos ecossistemas de inovação precisam estar atentas a estas necessidades para que possam dialogar com as empresas de maneira mais assertiva., conseguindo atraí-las de forma mais tranquila, sem querer “forçar a barra” para conseguir a adesão delas.
Portanto, a proposta de valor que um ecossistema de inovação oferece às empresas deve ser diferente daquelas oferecidas ao governo e às instituições de ciência e tecnologia. Se para o governo o valor pode estar no desenvolvimento local, impacto social, geração de empregos e avanço tecnológico, e para as universidades o valor pode estar na educação empreendedora, no avanço do conhecimento e na pesquisa aplicada, a proposta de valor para as empresas deve estar focada em resultados tangíveis e estratégias alinhadas aos seus objetivos de negócio.
Para que os ecossistemas de inovação sejam bem-sucedidos e atraiam as empresas, é fundamental que entendam as nuances da proposta de valor e comuniquem a linguagem que as empresas querem “ouvir”.
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